Fatores que caracterizam bullying no meio corporativo
Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, o bullying no meio corporativo também é comum, e pode também ser conhecido como assédio moral. Esse tipo de comportamento pode acontecer ou piorar por diversos fatores diferentes. Ao se obter conhecimento sobre o tema, fica mais fácil entender e identificar se você está sendo vítima desse tipo de assédio.
É indispensável que a empresa tome medidas para auxiliar os colaboradores a não apenas denunciar, mas principalmente levar conhecimento e combater o bullying no meio corporativo. Dessa forma, é possível diminuir drasticamente o conflito no ambiente de trabalho, além de outros problemas até mesmo de ordem de saúde.
Cultura organizacional tóxica
Uma empresa que tem cultura organizacional tóxica, que normaliza atitudes como humilhações, atribuições de metas inatingíveis e até mesmo gritos e socos em mesas e objetos, é um grande ponto de atenção. Nesses locais, dificilmente o assédio moral será identificado com a gravidade que ele tem, já que para a empresa atitudes tóxicas e humilhantes fazem parte do dia a dia.
Falta de liderança eficaz
Líderes despreparados ou inexperientes também são um grande fator para que o bullying no meio corporativo aconteça e seja normalizado. Na maioria das vezes, o assédio moral é praticado justamente por líderes com seus subordinados. A liderança precisa receber treinamento constante para entender como gerenciar a sua equipe, pois são os principais responsáveis por evitar o conflito no ambiente de trabalho e manter o clima organizacional de sua área saudável.
Pressão por resultados
A pressão por resultados é algo natural em todas as áreas de atuação, mas ela precisa ser feita de forma equilibrada e dentro da realidade dos colaboradores. Determinar metas inatingíveis é uma prática comum de assédio moral e que coloca o colaborador sob grande estresse e desgaste, tanto físico quanto mental.
Por isso, os líderes e gestores precisam realizar essa atribuição de metas de forma realista, dentro das possibilidades de cada colaborador, mas também de acordo com o que a empresa fornece para que a meta seja cumprida, como equipamentos ou listas de contato.
Problemas pessoais dos agressores
Todos nós temos uma vida fora do ambiente de trabalho, e também temos dias ruins: por isso, em alguns casos, o responsável acaba sendo mais ríspido e grosseiro com seus colaboradores. Mas é importante entender que no caso do assédio moral, ele se repete de forma intencional e regular, não sendo algo isolado por um dia ruim.
Alguns agressores podem ter passado por problemas na infância ou na vida adulta, e acabaram normalizando esse tipo de tratamento com os outros. Mas ainda sim, o comportamento é configurado assédio moral, e o agressor precisará seguir as regras da empresa sobre esse tipo de tratamento.
Características da vítima
É necessário ter em mente que independentemente de qualquer coisa, a vítima nunca é culpada por estar sofrendo assédio moral. Porém, algumas características podem fazer com que ela seja um alvo mais fácil para seus agressores, além de dificilmente ter atitude de realizar denúncias.
Dentre essas características, podemos destacar pessoas mais jovens que estão em seu primeiro emprego ou até mesmo fazendo estágio, pessoas com baixa autoestima, histórico de vulnerabilidade e pessoas que deixam claro depender muito daquele emprego ou verbalizam ter medo da demissão.
Falta de políticas e procedimentos
A falta de políticas claras da empresa que protejam os colaboradores é um grande erro, e até mesmo pode funcionar como um incentivador para que o bullying aconteça no ambiente corporativo. É importante que as empresas levem em consideração a Lei nº 12.997/2014 e implementem políticas e procedimentos claros, para evitar que a situação aconteça.
Essa prevenção do assédio moral deve ser um dos pilares da empresa e é necessário estar claro nas regras ou manual do funcionário sobre como funciona, como denunciar e principalmente as punições que possam acontecer, além de garantir a privacidade da vítima.
Falta de conscientização
Muitas vítimas não têm conhecimento do que é o assédio moral, como ele acontece e quais são os seus direitos. Mesmo que atualmente esse seja um tema amplamente abordado até mesmo na TV e em novelas, é papel da empresa realizar essa conscientização da equipe.
Para isso, é extremamente importante realizar treinamentos e reuniões frequentemente para abordar o assédio moral e abrir um espaço saudável para que haja discussão sobre esse tema, que é tão prejudicial para todos.
Fatores externos
Alguns fatores externos também podem contribuir para que o bullying aconteça dentro das empresas. Falta de recursos, problemas no espaço de trabalho, preconceitos e estereótipos, falta de supervisão, estilo de liderança e até mesmo crises financeiras estão dentre os fatores externos mais comuns que podem acabar incentivando o bullying.
O problema do bullying em ambiente corporativo costuma vir de cima. Por isso, é papel da empresa criar medidas, conscientizar a equipe e principalmente oferecer um canal para que as denúncias possam ser realizadas.
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